segunda-feira, 22 de agosto de 2022

FELIZ NATAL PARA SEMPRE!

     Os dois únicos lugares que conheço, que possuem a informação sobre o nascimento do Jesus da Igreja, ter acontecido em 21 de agosto do ano -7, provém das conversas com a minha mãe e seus amigos, que alegavam ter contato com extra- consciências e um livro de mil e tantas páginas, muito conhecido, chamado LIVRO DE URÂNTIA( URANCHA).
Me acostumei a comemorar o nascimento do Mestre, nesse dia: 21 de agosto. Uma data que não foi associada ao comércio, consumismo, " papae noel" e uma mesa repleta de cadáveres e alimentos gordurosos relacionados ás baixas temperaturas da Escandinávia, Finlândia e lugares assim!
Tios e demais adultos, vestidos de vermelho, botas, dizendo: Hô, hô, hô... Feliz Natal!!!
Num calorão de trinta graus dos passados dezembros cariocas, paraíbanos, baianos... Roupão " de neve", algodão imitando gelo na árvore de presentes de Cuiabá ... Desçam as cortinas, por favor!
     Todo ano, este que isto escreveu, deseja muito, receber um " feliz natal" em 21 de agosto... Não foi desta vez! E no domingo, dia que sempre achei mágico!
E que domingo, céu azul, sol, parques cheios, pessoas sorridentes.
Cenário propício para tecer no silêncio da mente, reflexões sobre o Jesus histórico, o Jesus filosófico, o Jesus humano...
Estamos precisando muito adotar os conselhos que o amoroso mestre nos legou...
     Da minha parte, graças ao contato com extra-consciências, tive a oportunidade de acessar este grande mestre, e dentro das minhas incríveis limitações, desenvolver reflexões, pesquisas e tecedura de meus próprios pensares sem a contaminação de instituições religiosas, seitas e outros  cancêres psiquícos que nos assolam, controlam, disvirtuam. Desviando a humanidade de seu correto caminho...

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

AMOR À SP

Carissímo paulistano!
     Deambulei hoje com meus dois amigos mais antigos. E lá se vão, cinquenta e oito anos de leal amizade...
São eles, pé direito e seu gemêo pé esquerdo.
O esquerdo, mais desenvolto que meu amigo, seu irmão direito, sempre me pergunta: "qual a tua idade?"
Hoje, posso responder, uma íntima confissão: tenho a idade da minha língua e sou mais velho que meus dentes.
     Como ia dizendo a você, paulistano, estive a manhã toda passeando pelas ruas desta amada cidade.
Que visão!
As ruas estão tomadas pelo lixo e pelas pobres almas largadas nas sargetas!
Vi um símbolo significativo, a bandeira da cidade esfarrapada, ondulando ao vento...
O que aconteceu com o lugar, que doou seus átomos para formar este corpo, que por ora, estou habitando por empréstimo.
Quanta decadência!
Muito conversamos, este que isto escreveu e seus dois acompanhantes, pé direito e pé esquerdo.
Quantas lembranças...
As fachadas dos antigos prédios de mil e novecentos, que bem poderiam estar situados em Paris ou Lisboa, mas modestamente estão felizes em existir em uma São Paulo, que principiava a existir e era então,uma criança frente a indústria mundial.
Os passeios com a atriz Joanna Matarazzo, e este que isto escreveu. Essa atriz, que na falta de crechê, me soltava pelos corredores do Theatro Municipal, lugar incrível, cheio de histórias assustadoras de fantasmas e logicamente, de excelente música.
Minha mãe, " poverella", ensaiava peças bem caseiras, tendo como diretor, o sr. Flávio Righini, sujeito muito culto, de fala educada e gestos calmos e uma elegância verdadeiramente londrina.
Era uma festa! Sempre que me via, sacava do bolso cinco ou seis notas, daquelas... de dez cruzeiros com a efígie do Santos Dumont!
Lembro destas coisas que aconteceram há quase cinquenta anos. 
A lancheria, cujo letreiro se gabava de ter trazido da cidade de Baurú, o sandwich(assim mesmo, em inglês).
Lembro que podia pedir ( e devorá-los!) Dois ou três...
Muitos anos depois, descobriria que minha mamãe passava fome, para poder regalar seu filhote com tais mimos.
Amor de mãe... Tão lindo quanto misterioso!
     Quedei por vinte minutos, defronte a fachada do Edíficio Itália, onde algumas vezes, pude jantar e beber vinho, muito bem acompanhado.
Que bela conversa tive com meus pés, andamos do Bairro das Perdizes, até o Bairro da Liberdade, depois voltando e subindo a Rua da Consolação, que pouca ou nenhuma nos trouxe. De volta ao Bairro das Perdizes. Também eu, tenho asas nos pés, mas não voei, assim como não voam   as perdizes!
Comemoro as pequenas vitórias e as ótimas " conversas com estranhos"!
     Irmão paulistano, se tiver paciência, ficarei grato, caso queira ler estas palavrinhas e espalhá-las pelas nuvens.
     Esta é mais uma destas cartas de amor à São Paulo...
Destas que se escrevem com tinta, envelope, selos e se postam no balcão dos correios. Isso ainda existe, nesse século?
     Por azar, a nobre instituição dos correios estava fechada. Então, me vali desta máquina infernal e seu corretor ortográfico  que tomou LSD!
     A cidade está surrada, feia e suja!
Esta dama, escondida pela sujeira, é belíssima e hei de ouvir novamente sua voz, sua alma se elevar aos céus!
Sou filho de São Paulo. Nossos corações pulsam juntos.
Ah, sim... São Paulo tem um coração. Sei onde fica esse lugar, mas essa é uma história para outro dia ...