Vou pedir licença aqui, para solicitar o auxílio luxuoso do DICIONÁRIO DE SÍMBOLOS- de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant- Editora: José Olympio. Sobre o simbolismo do nome...
" É preciso observar ainda que a invocação do NOME está ligada, por certos aspectos, ao simbolismo do som e da linguagem. Com efeito, segundo as doutrinas da Índia, o nome ( nama) não é diferente do som (shabda). O nome de uma coisa é o som produzido pela ação das forças momentos que o constituem(AVALON). Por isso, a pronunciação do nome, de uma certa maneira, é efetivamente Criadora ou apresentadora da coisa. Nome e forma( nama e rupa) são a essência e a substância da manifestação individual: essa é determinada por elas. De que precede, deduz-se facilmente que nomear uma coisa ou um ser equivale a adquirir poder sobre elas: daí a importância capital atribuída na China às denominações corretas; a ordem do mundo emana disso. A escola dos Nomes( MING-KIA) leva até ao extremo todas as consequências desse fato. Diz-se também que Adão foi encarregado ( Gênesis, 2,19) de dar nomes aos animais: era conceder-lhe poder sobre eles, poder que continua a ser uma das características da condição edênica.
Para os egípcios da Antiguidade, o nome pessoal é bem mais que um signo de identificação. É uma dimensão do indivíduo.
O egípcio crê no poder criador e coercitivo do nome. O nome será coisa viva. Encontram-se no nome todas as características do símbolo: 1- ele é carregado de significação; 2- escrevendo ou pronunciando o nome de uma pessoa, faz-se com que ela viva ou sobreviva, o que corresponde ao dinamismo do símbolo; 3- o conhecimento do nome proporciona poder sobre a pessoa: aspecto mágico, liame misterioso do símbolo. O conhecimento do nome intervém nos ritos de conciliação, de feitiço, de aniquilação, de possessão, etc.
Seu nome não estará mais entre os vivos; essa sentença é a mais radical das condenações à morte.
O poder do nome não é apenas chinês, egípcio ou judeu; pertence à mentalidade primitiva.
Conhecer o nome, pronunciá-lo de um modo justo é poder exercer um domínio sobre o ser ou sobre o objeto. A esse respeito, o pensamento judaico e a tradição bíblica são rigorosamente unânimes.
O tetragrama divino está carregado de energia; é por isso que é empregado nos sortilégios.
Se o nome é pronunciado em voz alta, a Terra inteira é tomada de estupor; por essa razão, os doutores judeus queriam conservar Secreta a sua pronunciação. Divulgá-la seria permitir que os ímpios e os feiticeiros fizessem mau uso dele.
O nome divino designa a própria identidade do Deus. Judá Ben Samuel Halevi( morto em 1.141) confronta as significações do nome Elohim e do Nome Tetragrama (Jahvé, Jeová). O sentido deste último não pode ser o resultado de um raciocínio; nasce de uma intenção, de uma visão profética. Assim, o homem que tenta
apreender o nome separa-se dos eleitos de sua espécie e chega ao nível angélico. Por isso mesmo, torna- se um outro homem.
Na tradição do Islã, o Grande Nome al- ismu'l- a'zam é o símbolo da essência oculta de Deus. Um hábito profético declara: Deus tem 99 nomes, ou seja, 100 menos 1; aquele que os conhecer entrarão no Paraíso.
O Corão ( 7,179): Deus tem belos nomes; invocai-o por essas denominações desconhecidas que completa as 100. O conhecimento do Grande Nome de Deus permite realizar milagres, e foi graças a ele que Salomão conseguiu subjugar os demônios; é o único nome ignorado entre os 40.000 que Deus possui. Para conhecê-lo, é preciso queimar um Corão; restará apenas ele. Ou então, contar as palavras do Corão em ordem inversa(acoplado a primeira à última);a derradeira palavra, no meio, é o Grande Nome.Se alguém faz uma invocação, pronunciando-o, todos os votos são atendidos.
Segundo, relatos, Maomé teria dito que ele se encontrava na segunda, na terceira ou na vigésima suratas, onde são outorgados a Deus os títulos de VIVO ( al-Haiy), de Aquele que se baste a si mesmo ( al-Qaiyum) ou de Ele( HU).
É atribuído ao Grande Nome uma virtude mágica, pois é tido como capaz de obrigar a atender uma prece. O objetivo constante dos mágicos é, portanto, conhecê-lo. Os amuletos e talismãs apresentam frequentemente os nomes de Deus.
Está noção de um Nome todo-poderoso da divindade, conhecido apenas por alguns iniciados, constitui um provável empréstimo que o Islã tomou do judaísmo.
Para um místico como El- lumi, o Grande Nome não é senão o próprio homem.
Para o mundo celta, o nome está estreitamente ligado à função. O nome de uma personagem, de um povo, de uma cidade ou de um lugar qualquer é sempre escolhido, por um druida, em virtude de uma particularidade ou de uma circunstância notável.
CUCHULAIN, que se chamava antes, SENTANTA) recebeu seu nome do druida Cathbad; depois de matar o cachorro do ferreiro CULANN, ele emitirá um julgamento tão justo que todos os assistentes, o rei e o druida ficaram maravilhados. Conhece-se tanto na Gália como na Irlanda, um bom número de antropônimos teofóronicos.
Em época remota, a tradição cética sempre implica uma equivalência real entre o nome da personagem e suas funções teológicas ou sociais, ou ainda entre seu nome e seu aspecto ou comportamento. "
Então, já podemos perceber, mais ou menos, o que está por trás de todos esses " batismos" que somos submetidos em quase todas as seitas e grandes instituições religiosas deste mundo...
Os exemplos São infinitos... O guru que nos arruma um nome do "retiro", do templo, quase sempre em uma língua antiga... O pastor que nos submerge nas águas, de onde ressurgimos com " outra vida, outro nome...
Infelizmente estes são mecanismos clássicos para nos subjugar, para controlar as massas, e até em um nível mais profundo, dependendo do seu impuberismo psíquico , você se deixará à mercê de todo tipo de lavagem cerebral. Isso mesmo! Você. Ninguém tem poder sobre nossa mente, ninguém nos " vampiriza" , nada pode nos influenciar, a não ser que assim o permitamos!
E como parece que adoramos ser conduzidos! Um sem número de situações, onde a aplicação de um pouco de lógica e raciocínio " desmontaria" facilmente essas fraudes, verdadeiro estelionato espiritual, que certamente vai cobrar o seu preço. Pois se o pêndulo vai... O pêndulo volta! Isso é equilíbrio cósmico... Não podemos escapar dessa Lei.
Mesmo assim, tanto os estelionatários espirituais, como suas supostas " ovelhas e bodes" expiatórios, insistem... Os primeiros no crime de lesa-humanidade, e estes em segundo, na atrocidade da ingenuidade que coroa a imaturidade espiritual!
Torço por meus irmãos em humanidade! Rezo... rezo para mim mesmo, para a divindade contida em cada um de nós e rezo para a divindade que é neutra e desapegada; portanto, não há possibilidade de ser atendido... pois, como uma consciência que é o Amor neutro e desapegado, poderia atender um pedido meu e ignorar aos outros milhões de seres deste planeta? Qual a lógica disso?
O que dizer da clássica frase: " Graças a Deus"?
Então... O avião em que viajo... Despenca das altas nuvens e logicamente se espatifa no solo... mas por motivos que desconhecemos, três ou quatro pessoas sobrevivem!
E o que dizem elas? Rostos banhados pelas lágrimas da contrição :( do latim medieval CONTRITUS, particípio passado de CONTERERE, "moer", " esfregar", formado de com-intensificativo, mais terere, "atritar, esfregar". Indica alguém que está arrependido e se penitência por maus atos. A noção é a de que uma pessoa arrependida se sentiria como que moída, arrastada sobre pedras. ) "Graças a Deus, estamos vivos!"__ E os outros 200 passageiros!?! Não eram " amigos" de Deus!?! Eram banidos!?! Qual é a explicação?
É até um desrespeito para com os familiares e com a memória dos que se foram, expressar uma cretinice desse quilate! No entanto... este que isto escreveu, está atravessando as décadas, à escutar: " Deus lhe pague", " Deus lhe dê em dobro" e "Deus lhe acompanhe", etc...
Deus é um contador?
Que tipo de crença limitante é esta? Que nos transforma em ovelhas que nada podem fazer por seus insípidos destinos?
Quantos minutos duraria todas essas crenças e teologias e no caso das seitas, tanto as exóticas, como as recém criadas no país, verdadeiras " PAPA-MONEDAS", se usássemos as ferramentas da lógica e do raciocínio?
Posso garantir que bem pouco tempo!
Esse tipo de discussão requer maturidade espiritual, do contrário, nos ofendemos e espalhamos uma enorme gama de ódios e preconceitos...
Desejo profundamente sair dessa ingenuidade psíquica!
Preciso disso! Precisamos todos nós! Humanos resolvendo problemas humanos... Pessoas ajudando pessoas! Unidos! Moradores de seus respectivos países, mas sem esquecer que nossa rua, está no Bairro, e o Bairro, na cidade e a cidade no estado e o estado no país e o país ... no planeta!
Quem vai resolver os problemas desta terra, são os seus moradores... Não Brahmâ, não Yahwe, tampouco a Confederação de Mundos da Galáxia, ou o Mestre Joshua Ben Pandira, agora, segundo as teorias, O Cristo Cósmico, Sophia...
Não... É problema nosso e temos que resolvê-los!
Que a paz e a serenidade de nossas mentes e corações nos iluminem e nos tragam alento.
E que todas essas bobagens que escrevo, possam trazer reflexões à todas e todos!