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terça-feira, 27 de dezembro de 2022

MAIS SIMBOLISMO DO NATAL.

Diz a tradição que o anjo Gabriel apareceu à Virgem Maria e Lhe anunciou o nascimento do Filho de Deus.
    As religiões  de todo os povos possuem as suas virgens-mães,  Marias ou Mayas que são:
Adha-Nari, a brâmane; Ísis,  a egípcia; Astaroth, a hebraica; Astarté,  a síria, Afrodite, a grega, Vesta, a romana; Herta, dos germanos; Inácio, da Oceania; Isa, a japonesa,  Ching-Mu, a chinesa, e muitas outras,inclusive a que o nosso tupi denomina de Jaci, " a mãe dos frutos"...
Maria provém de Mare- o mar simbolicamente  " a grande ilusão ".
Entre os iorubanos da África, Iemanjá, o orixá feminino, é a mãe d'água  ou o próprio mar divindade, equivalente no seu culto àquilo que em tais religiões simboliza a Virgem Mãe, Ísis, a Lua desde que Osíris representa o Sol.
Os egípcios acreditavam que o pequeno Hórus era filho de Osireth e de Oset, cujas almas se transformaram respectivamente nas do Sol e da Lua, depois da morte desses personagens. 
     Os antigos israelitas, muito antes da nossa Era, chamavam a rainha do céu( ou "Regina Coeli) de Mênia, donde se derivou Neomênia ( Nova Lua), que vem a ser a mesma Maria ( em seus diversos nomes), Mãe de Deus encarnado nos vários cultos religiosos.
    Quanto ao lugar de nascimento  do Menino Jesus, diz a Igreja que se deu em Belém, cidade da Palestina, tendo sido a criança recém nascida colocada numa manjedoura. A palavra BELÉM  é formada de duas letras hebraicas, Beth e Aleph, significando cabalisticamente a Casa de Deus ou Templo de Deus. Este também é o significado da palavra Apta, muitíssimo  mais antiga, pois provém da submersa Atlântida, tendo sido o nome de sua oitava cidade, a Shamballah"ou Região dos Deuses", que mantinha a espiritualidade entre as demais cidades que se podem interpretar como províncias ou países, governadas pelos " Sete Reis de Edom", Reis que eram na Terra as expressões humanas dos Sete Dhyans- Choans. Seria supérfluo assinalar a identidade de sentido entre Edom e Éden, o bíblico paraíso-terrestre.
Apta tem ainda o significado de " creche", manjedoura, presépio e também  o " lugar onde nasce o Sol".
O simbolismo do presépio é uma cópia  fiel do que existe nos ritos bhamânicos, além de outros.
Segundo Bornouf, assim se explica sua origem: A cruz Suástica ( não  confundir  com a Sovástica do nazismo que tem a rotação  em sentido contrário,  símbolo portanto da involução. 
É representada por dois pedaços de madeira que, para não se moverem são cravados com quatro pregos e na junção  dos braços da cruz passa uma corda que pela fricção produz fogo. O Pai do Fogo Sagrado é o  divino carpinteiro Tuastri, que prepara a cruz e o PRAMANTA que deve gerar o filho divino. A Mãe do Fogo Sagrado é Maya, que equivalente à Virgem Maria cristã.
Quando o pequeno Agni nasce( Agni é fogo em sânscrito; Agnus, em latim, é  o Cordeiro " Agnus Dei qui tollis peccata mundi"...) é colocado num berço ( mangedoura) entre animais e ao lado fica a Vaca Mugidora. Ora, Vach( o mesmo que vaca), em sânscrito significa o Verbo Sagrado, Palavra Criadora ou Logos Criador.
     Procuremos agora relacionar esses fatos com aquela conhecida  passagem bíblica: "no princípio  era o Verbo, e o Verbo se fez carne e habitou entre nós..."
     O sacerdote brâmane  toma o pequeno  Agni em suas mãos, coloca-o sobre um altar untando-lhe o corpinho com manteiga clarificada, do que se originou a sagrada unção  pelos santos óleos adotada pela Igreja nos batismos. É justamente  quando o menino Agni recebe o nome de Ungido( iluminado), AKTA em sânscrito  e CHRISTOS, em grego. Torna- se resplandecente, pois que tudo em seu redor se ilumina. As trevas desaparecem e os demônios fogem esbaforido ao clarão de sua luz cintilante.
Ele é o guru dos gurus( ou Maha-guru, Grande instrutor, etc) o Mestre dos Mestres e toma o nome de Jatavâdos: Aquele em quem a Sabedoria é inata.
     Como se vê, a tradição da Sagrada Família aqui no ocidente representada por Jesus, Maria e José ( o carpinteiro), se encontra nos Vedas, a escritura sagrada dos hindus, com uma antiguidade  de 3.100 anos anterior à nossa Era.
     A mãe de Krishna, que surgiu na Índia cerca de 3.500 anos a.C. se chamava DEVAKI, linda e virtuosa princesa, irmã do Rei de Madura, em torno da qual se criaram, as mesmas lendas relativas à outras Virgens-Mães ou Marias.
É curioso também  assinalar a estranha semelhança  de grafia é de som entre a expressão Latina Jesus Christus e Ieseus Krishna...
     Escreve Helena Petrovina Blavastsky em sua Doutrina Secreta:
" Desde os Richis indianos até Virgílio, e de Zoroastro à última sibila, todos, sem exceção,  desde o começo  da Quinta raça- Mãe,  profetizaram, cantaram e prometeram a volta cíclica da Virgem e o nascimento  de uma criança divina, que faria voltar a " Satya Yuga", a Idade de Ouro sobre a Terra. Logo que as práticas  da Lei estiverem na ocasião  precisa de terminar o ciclo da " Kali Yuga"( Idade Negra, em que ainda vivemos), um aspecto do Ser Divino, que existe em virtude de sua própria natureza espiritual,  na pessoa de Brahmâ, e que é o Começo  e o Fim (Alfa e Ômega), descerá sobre a Terra. Ele nascerá na Família  de Vishnujasha,  como um Eminente Filho de Shamballah e Senhor dos oito poderes do iogui.
Por seu imenso poder, destruirá Ele todos aqueles  cujo mental é voltado à iniquidade.  Então  a justiça se fará na Terra, e os que viverem até o fim da " Kali Yuga ", despertarão com o mental transparente  e puro como o cristal.
       Nenhum ser de tão elevada expressão  como Jesus, nasceu jamais num estábulo...
Pelo contrário,  em todas as teogonias, o nascimento de Seres Iluminados se verifica sempre no seio de famílias nobres, abastadas, de  sangue real.
Gautama, o Buda, era o Príncipe  Sidarta, de Kapilavasti; abandonou riquezas, palácios, títulos  e bens terrenos para conviver com os humildes da plebe, viajando como um nômade , ensinando as verdades do Espírito para plantar a semente da salvação  sobre seus passos e criou gerações de discípulos  cujas luzes iluminam os séculos  dos povos orientais.
Seu nascimento foi marcado pelos mesmos mistérios que envolvem o de todos os Seres da Divina Hierarquia. Um deva de luz ou anjo o anunciou à sua mãe  que, antes de concêbe-lo, teve a visão de um elefante branco ostentando o Loto das Mil Pétalas,  como símbolo da Centelha Divina manifestada na Terra.
Os grandes iluminados nunca nasceram de pais indigentes,  muito menos em um côcho ou mangedoura.  Se assim fosse, menores teriam sido seus sacrifícios  e renúncias em favor da humanidade. Não poderiam sentir em todos os seus horrores as agruras da miséria  dos homens se nela tivessem nascido.
Jesus o Cristo, cujo nome original era Jeoshua Ben Pandira( O Filho de Deus, melhor que " o filho do homem") não  nasceu nas paupérrimas circunstâncias descritas pela tradição exotérica, por isso que era um Ser proveniente de Salém, a Cidade Luz das escrituras hebraicas, que é a mesma misteriosa Shamballah das tradições orientais, " a ilha imperdível que nenhum cataclismo jamais poderá  destruir".
Segundo a lenda cristã, quando Jesus nasceu foi visitado por Três Reis Magos do Oriente. Qual a verdade que se oculta nessa lenda? Eis a nossa resposta: os Três Reis Magos  representam os Três Chefes do Governo Oculto do Mundo( Sob o ponto de vista de Governo Espiritual).
Representam os Três Chefes ou Triunvirato governador da Agartha, que são: o Chefe Supremo que possui o título  de Brahâtmâ ou Brahmâtma( apoio das almas no Espírito de Deus) e seus Dois Assessores ou Colunas: o Mahâtmã, representando a Alma Universal, e o Mahanga, símbolo  de toda a organização material do Cosmos. Segundo Ossendowsky, o Mahâtmâ conhece todos os acontecimentos; futuros e o Mahanga dirige as causas desses mesmos acontecimentos; quanto ao Brahâtmâ ,pode falar com Deus face a face.
O Mahanga oferece ouro ao Menino-Deus, o saúda como Rei; o Mahâtmâ oferece-Lhe incenso e o saúda como sacerdote; enfim, o Brahâtmâ oferece-lhe mirra( o bálsamo da incorruptibilidade, imagem de Amritâ), e Lhe dá as boas vindas como Profeta, o Mestre espiritual por excelência.  Desse modo, o Cristo recém-nascido é homenageado nos Três Mundos, como sendo seus próprios domínios. 
Maitréia significa, igualmente,  o Senhor das Três Mayas, ou dos Três  Mundos.
Na Tragédia do Gólgota, diz a tradição vulgar, a Cruz de Jesus é ladeada pelas de dois "ladrões ".
Na maçonaria o grão-Mestre é ladeado por duas " colunas", J. e B., iniciais de Jakim e Bohaz, que coincidem,  significativamente,  com outras da biografia daquele Iluminado: Jeoshua Ben Pandira, os nomes das cidades onde nasceu e expirou, Belém e Jerusalém,  o nome de João Batista,  seu Arauto ou Iokanã que o batizou no Rio Jordão, no momento em que sobre Ele desceu o fogo do Espírito Santo  simbolizado na pomba imaculada.
     Todos os grandes seres, antes de consignarem sua presença entre os homens através do ventre de uma mulher " eleita", são anunciados por outros seres também  de grande excelsitude, que são os Iokanãs.
Este vocábulo pode ser decomposto em IO, com o significado  de "o grande princípio universal feminino" ( Ísis,  Maya, Lua, etc) , e Canã ou Canaã,  a Terra da promissão. Na melhor interpretação, Iokanã é aquele que conduz, anuncia alguém, pelo itinerário de IO ou de Ísis,  o caminho Real por onde deve passar um novo clã, família, raça.
Caminho de IO ou de Ísis  é o  caminho percorrido  pelas mônadas. 
IO dá ainda a figura aritmética  dez, podendo ser relacionado com a décima lâmina do tarô divinatório dos boêmios  que simboliza a Roda Da Fortuna, a roda dos nascimentos  e das mortes nos três Mundos.
Quem faz girar essa Roda é o Divino Rotan, o Chakravarti, o mesmo Senhor dos Três Mundos. 
Duplicando-se o monossílabo IO, temos IOIO, que pode também  significar mil e dez; substituindo-se a segundae quarta vogal por S, temos ISIS, e permutando-se a posição  dos dois últimos  algarismos( OI)  forma-se o mil e um que faz lembrar as MIL E UMA NOITES dos maravilhosos  contos iniciáticos, nos quais se encerram profundos mistérios  ligados ao longo e sinuoso Itinerário  de IO ou de ISIS. Tais mistérios, na sua totalidade,  são conhecidos apenas pelo Supremo Arquiteto como Logos Criador, do qual se têm emanado ciclicamente  os avataras Divinos, que vêm com a Sua palavra ( a boa nova de cada ciclo) impulsionar as mônadas ( para tanto " julgadas" aptas) pelo extensíssimo  IO.
Assim foi com Krishna,  Buda e Cristo e com todos os outros Iluminados que têm vindo a este mundo inferior. E há de ser assim em futuro próximo,  isto é, no começo  do século XXI com a nova Manifestação  cíclica  do Grande Senhor, o MAITRÉIA Buda. Este glorioso Ser, o Kalki- Avatara das tradições  multimilenares, é também denominado  o Cavaleiro Akdorge, que  virá esmagar o dragão do mal que ameaça devorar a Bela Princesa acorrentada à porta do Palácio, que outra não  é senão  a própria humanidade encarcerada nas trevas das superstições  e da ignorância, Mãe  dos erros de toda espécie. 
Maitréia, o Senhor dos Três Mundos ou das Três Mayas, cavalgando seu corcel branco, simboliza o Ternário Superior do Espírito, dominando e dirigindo o QUATERNÁRIO inferior da persona, e pessoa do homem físico, ou seja, o veículo denso através do qual o SOM, o VERBO se expressa...

     
     QUANTO AO PAPAI NOEL, este bom velhinho  de longas barbas de neve carregando às costas um grande saco de brinquedos e presentes para alegrar os corações de crianças e adultos no dia 25 de dezembro,  quem é Ele? Quem inventou essa personalidade tão generosa quanto pontual no cumprimento  do seu dever de renovar anualmente as esperanças da humanidade?
Quem diz todos os anos, diz "ciclicamente ".
Podemos vislumbrar nessa maravilhosa personalidade natalina o Pai Onipotente de infinita bondade, que se manifesta de ciclo em ciclo para premiar os homens que se mantiveram fiéis ao Espírito de Verdade, presenteando-os com a Boa Nova, isto é, com novos conhecimentos que propulsionam o progresso das mônadas,  através de mais uma etapa no longo itinerário  de IO.
     E a Árvore dos Avataras, sendo o seu trono o Bija ou semente de todos Eles, a Árvore da Vida plantada no Quaternário da Terra, que floresce e produz maravilhosos frutos de ciclo em ciclo.
Ela nos diz também  da Árvore de Bhodhi, ou da Sabedoria divina, cujos vários ramos com seus frutos multicor significam os diversos aspectos e as múltiplas expressões da Verdade Única, da Eterna Verdade apregoada aos homens pelos Avataras cíclicos.

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